quando o instagram lançou os stories pensei "esqueçam, estão a tentar imitar o snapchat, não vão ter sucesso!". ui. hoje nem me passa pela cabeça usar snapchat para o que seja. aliás já nem o tenho instalado. eles fizeram tudo tão bem que nem nos apercebemos do tempo que gastamos com os olhos postos naquilo. aprende-se muita coisa nas redes sociais! nem que seja o tempo de cozedura de um ovo ou como ver se os abacates estão maduros. mas também tem o seu quê de irritante. foi (ou é) a fase das mulheres reais, continuamos com sumos detox e no detox virtual (acabam por ser dois assuntos que levam ao engano. fazerem isso ou não é me igual ao litro. façam sem dizer nada a ninguém, porque nobody cares, sorry), mudamos para publicidades ridículas* metidas no meio de textos do pedro chagas freitas (na televisão podemos mudar de canal, mas já nem de televisão sou adepta), e acabamos o assunto com mais uma porrada de temas desinteressantes e inúteis. no fim disto tudo, aquela hipocrisia irrita-me um bocadinho. mesmo que eu deixe de seguir x ou y, está tudo a ir pelo mesmo caminho. está tudo na altura das influencers (que, desculpem-me novamente, influenciam o piaçaba da wc), dos blogs bonitos, com frases de encorajamento tal qual gustavo santos (aquele que lá no fundo, sempre criticaram e que eu continuo a não achar piada), girl power, pt's, e por aí fora. fala tudo em ansiedade, admitem que tem o problema, e no final de ler aquilo tudo não consigo encontrar uma frase que me tivesse ajudado nem houve nada de novo que não tivesse lido em sites brasileiros. parecem todos muito riquinhos, morenos, de cabelos sedosos. os conteúdos estão todos iguais. são poucas as pessoas que falam em tom sério, de temas sérios. acho que anda tudo a passar paninhos quentes para parecer bem. e cá para mim cada um faz o que quer, mas acho mais genuíno quando a pessoa também fala mal, ou experiencia algo negativo, ou expõe problemas sérios e não do mundo da barbie e do ken. nunca (ou não me estou a lembrar agora) ouvi ninguém a dizer uma caralhada nas redes sociais (se calhar sou eu que ando nos sítios errados), mas é muito normal ouvir alguém tratar os filhos por você. parece que anda tudo muito fidalgo. e atenção, para o conteúdo ser bom não tem de se dizer caralhadas, nem tratar os filhos por você é um problema. cada um sabe de si. o melhor de tudo?! são pagas para falarem destes temas e é aqui que me benzo.
estou irritada só de falar nisto, mas é por culpa da tpm. este assunto não tem assim tanta importância na minha vida, é só um desabafo. se calhar sou só eu que "sinto" isto. e lá no fundo, também podia desinstalar as redes sociais. mas eu ainda gosto das três ou quatro pessoas que tenho nas redes sociais, e que me inspiram de verdade.
qual é a vossa opinião em relação a este tema?
10 comentários:
Nas redes sociais não mando caralhadas porque é raro deixar lá alguma coisa... não é porque não queira mas porque não tenho tempo e quando tenho tempo não tenho nada de jeito para lá deixar. Mas no blogue (ainda se usa disso?) deixo uma ou outra pérola do vernáculo português!
A única rede social que vale a pena ter, na minha opinião, é o Twitter.
eu tenho visto muitas 'caralhadas' nas redes sociais, deves seleccionar mal quem andas a seguir. Tenho Instagram mas nunca usei as storys publico algumas fotos mas não são com o intuito de influenciar, como prefiro que a foto tenha narrativa a ter uma boa luz e ser só mais um pôr de sol nem sou muito 'apreciadas' :)
*stories
Eu não posto stories porque acho horrível a ideia de 300 pessoas saberem onde é que estive, com quem estive ou o que estive a fazer. Mesmo os posts do feed geralmente publico quando já estou a sair do lugar e evito publicar coisas excessivamente pessoais. Mas é a minha "estratégia" de gestão de redes sociais, o fb e o insta, onde tenho pessoas conhecidas têm necessariamente que ser redes onde não me exponho enquanto no blog, tumblr e twitter posso ter outro à vontade pq o anonimato permite-me essa liberdade.
Mas tal como tu, não amo o tipo de conteúdo que as pessoas "normais" publicam. Não me importo que mostrem só as partes boas pq sei que as pessoas no geral são maldosas e adoram ver o mal alheio e temos que nos resguardar disso, mas incomoda-me mais ver instagrams com stries sobre todos os pormenores do quotidiano da pessoa ou feeds cheios de fotos da pessoa, sem umas paisagens ou outro detalhes que eu pessoalmente acho mais interessantes. Pessoas pagas para falar de x, passatempos e influencers a serem patrocinadas por marcas também não resultam comigo e geralmente não só não tenho esse tipo de contas como faço unfollow quando apanho alguma no feed. Em suma, 80% dos dias fujo das redes sociais e isolo-me do mundo a ler ou ver séries, sou mais feliz assim.
Consegui ser muito mais selectiva no Instagram do que no facebook. Não sigo ninguém que não conheça e não aceito ninguém só porque sim. Os "conhecidos" estão fora das minhas redes sociais. Se publico stories consigo selecionar quem quero que as veja e fica o assunto arrumado. Gosto muito do twitter. Aí encontras muitas caralhadas :D
Eu acho que a malta morre se não mostrar ao mundo o que está a fazer. Como se tivesse menos valor ou importância, caso os outros não saibam. Frase cliché: vivemos numa época em que as aparências, mais do que nunca, importam.
Eu acho que sou daquelas pessoas que partilha coisas reais e as tais caralhadas. Não é à toa que, quando faço um post com uma opinião a sério, as pessoas vão para lá para os comentários criticar-me (julgando-me por eu supostamente julgar os outros).
Sinto que estamos numa época em que as pessoas só partilham coisas ou falam de certos assuntos porque parece bem. A mim o que me anda a chatear é a cena da aceitação. Acho ótimo na teoria, só que depois quem partilha as fotos dos supostos corpos reais e orgulho pelo que somos e fuck os preconceitos, são precisamente as pessoas que têm os corpos "perfeitos", sem gorduras extra, sem estrias, sem nada que se lhes aponte, cheios de frases de amar as nossas curvas, aceitarmo-nos como somos e que se lixe o que a sociedade diz (quando a sociedade valoriza esses mesmos tipos de corpos magros/fit). Não há pachorra! Mas sobrevivemos à moda dos detox, da ansiedade... haveremos de superar esta modinha também.
Não percebi nada do que disseste. Por isso, não te posso responder. :p
Gosto do insta. Muito. Ai de ti que digas mal do insta. E o insta story é meu amigo.
Não bebo cenas detox.
Não digo caralhadas.
Não trato a Bolachita por você.
Não me pagam para falar do que quer que seja.
Não ponho uma foto minha sem acrescentar uma corzita aqui e ali.
Tenho meia dúzia de seguidores.
Pronto.
Entendo-te perfeitamente, diz que agora isso é trabalho, por vezes ponho-me a pensar que não me importaria de fazer disso vida pois a verdade é que não se faz muito e ainda se recebe para tal, mas a verdade é que gosto mais de ter um trabalho de verdade e não parecer uma barbie perfeita para a fotografia, prefiro ser uma pessoa real, com uma vida real que não interessa a muita gente, apenas a quem me interessa a mim, o resto é ruído mesmo.
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